O marketing orientado por dados permite campanhas mais personalizadas, aumento no retorno sobre investimento e maior eficiência nas ações.
No entanto, mesmo com acesso a uma infinidade de informações, muitas empresas ainda cometem erros graves ao lidar com dados, comprometendo os resultados e a credibilidade das suas estratégias.
Trabalhar com dados exige mais do que apenas coletá-los. É preciso interpretá-los corretamente, garantir a qualidade das fontes, usar ferramentas adequadas e alinhar as métricas com os objetivos do negócio.
Coletar dados sem um objetivo claro
Um dos erros mais comuns é iniciar a coleta de dados sem uma definição clara do que se pretende analisar ou resolver.
Muitas equipes acabam acumulando informações sem saber exatamente como utilizá-las, o que leva a um acúmulo desorganizado de dados e, em última instância, a desperdício de tempo e recursos.
O ideal é começar com perguntas estratégicas: “Qual problema queremos resolver?”, “Quais métricas realmente importam para nosso objetivo?”, “Como esses dados ajudarão a melhorar nossa performance?”.
Com isso, é possível definir indicadores específicos e direcionar a coleta apenas para dados que fazem sentido no contexto da campanha.
Focar em métricas de vaidade
Curtidas, visualizações e seguidores são métricas fáceis de obter e agradam aos olhos, mas nem sempre refletem o verdadeiro desempenho de uma ação de marketing.
Conhecidas como “métricas de vaidade”, elas podem enganar e gerar a falsa impressão de sucesso quando, na verdade, não geram conversões ou impacto real no negócio.
O caminho certo é priorizar indicadores mais estratégicos, como taxa de conversão, custo por aquisição (CPA), valor do tempo de vida do cliente (LTV) e retorno sobre investimento (ROI).
Essas métricas oferecem insights mais profundos e permitem uma visão mais realista dos resultados.
Ignorar a qualidade dos dados
Trabalhar com dados desatualizados, duplicados ou inconsistentes compromete toda a análise e pode gerar decisões erradas. Isso é particularmente problemático quando os dados são usados para personalização de campanhas ou para a segmentação de público.
A solução está em manter uma rotina de limpeza e validação da base de dados. Ferramentas de automação e CRMs atualizados ajudam nesse processo, garantindo que as informações utilizadas sejam sempre precisas, atuais e relevantes. Um banco de dados bem mantido é a base para campanhas eficazes.
Subestimar a importância da segmentação
A falta de segmentação reduz a efetividade das campanhas, torna a comunicação genérica e compromete a experiência do usuário.
O ideal é aplicar segmentações baseadas em critérios como localização geográfica, comportamento de navegação, histórico de compras e estágio no funil de vendas.
Esse nível de personalização permite oferecer conteúdos mais relevantes, como sugerir telha fibra de vidro leitosa para usuários que demonstraram interesse em materiais de construção com alta resistência e transmissão de luz difusa, por exemplo, aumentando as chances de conversão e fidelização do cliente.
Não cruzar dados de diferentes fontes
Outro erro frequente é analisar cada fonte de dados isoladamente. Isso limita a compreensão da jornada do consumidor e dificulta a visualização de padrões comportamentais importantes.
Muitas empresas observam métricas no Google Analytics, redes sociais e CRMs de forma separada, perdendo uma visão integrada do negócio.
Para contornar isso, é essencial unificar essas fontes e cruzar os dados para gerar insights mais amplos.
Plataformas de Business Intelligence (BI), dashboards integrados e automações via API são recursos que facilitam essa integração e proporcionam uma análise mais robusta.
Analisar os dados sem contextualização
Dados soltos, sem uma análise estratégica por trás, não dizem muita coisa. É comum profissionais extraírem relatórios cheios de números, mas sem interpretá-los adequadamente à luz dos objetivos da empresa. Isso leva a ações baseadas em achismos, mesmo tendo dados em mãos.

Evite esse problema contextualizando os dados dentro do cenário real da empresa: números isolados pouco dizem sobre o desempenho se não estiverem ligados a situações concretas.
Compare diferentes períodos para entender variações sazonais, identifique tendências de crescimento ou queda e, principalmente, relacione os dados com campanhas, mudanças estratégicas ou ações específicas de marketing que ocorreram no mesmo intervalo.
Desconsiderar o impacto da LGPD
Ignorar a legislação de proteção de dados, como a LGPD no Brasil, pode gerar consequências legais sérias e prejudicar a imagem da empresa.
Muitas organizações ainda coletam informações sem consentimento adequado, ou utilizam dados de terceiros sem considerar os direitos dos usuários.
A melhor forma de evitar riscos é garantir que todas as coletas de dados estejam em conformidade com a legislação.
Isso inclui usar banners de consentimento, oferecer opções claras de opt-in e opt-out, além de manter políticas de privacidade acessíveis e transparentes.
Falta de capacitação da equipe
A falta de capacitação técnica é um dos gargalos mais comuns nas estratégias de marketing de dados, especialmente em empresas que estão começando a investir na área.
A solução é investir em treinamentos contínuos, certificações em ferramentas específicas e promover uma cultura de dados dentro da empresa.
Profissionais que atuam com portas e janelas de vidro temperado, por exemplo, precisam dominar normas técnicas e atualizações do setor para garantir eficiência, o mesmo princípio vale para equipes de marketing, que devem estar preparadas para interpretar dados com precisão e transformar informações em ações estratégicas.
Desprezar o teste A/B
Evitar testes A/B é um erro que impede a evolução das campanhas. Muitas vezes, uma pequena alteração no título, na cor de um botão ou na oferta pode gerar grandes impactos nas taxas de conversão.
Portanto, adote o teste A/B como uma prática regular. Use-o para testar variações de e-mail, landing pages, formatos de anúncios e muito mais.
Os dados desses testes ajudam a tomar decisões mais precisas e a encontrar a combinação que traz os melhores resultados.
Conclusão
O uso inteligente de dados é uma das maiores oportunidades do marketing moderno, mas para aproveitar seu potencial é preciso evitar os erros que comprometem a eficácia das ações.
Corrigir falhas como coleta sem foco, uso de métricas de vaidade, desorganização e falta de integração é o primeiro passo para uma estratégia mais assertiva.
Com ferramentas adequadas, capacitação da equipe e foco em boas práticas, é possível transformar dados em decisões que realmente geram impacto positivo nos negócios.